PÚBLICA URGENTE

PÚBLICA – último solo com glamour
(sobre como não se tornar uma estrela)

...uma diva distraída, um bibelô na américa latina, um pink que adormece, um olhar para mundo outro para umbigo, absorções imediatas, uma solidão aguda ...


DANÇA PERFORMANCE PÓS FEMINISTA BRASILEIRA. ARTISTA COM SINTOMAS ANTROPOFÁGICOS (ARQUETÍPICOS E COTIDIANOS). CORPO INTÉRPRETE-FEMININO-EXPOSTO E CURADO. CENA PRECÁRIA TRANSITÓRIA DRAMÁTICA POÉTICA INACABADA – PESQUISA COREOGÁFICA MÓVEL E ESTRUTURADA. BLOG WWW.LUCIANANAVARRO.BLOGSPOT.COM

Pública - Dia 27 de outubro no Projeto Primeiro Passo

PRIMEIRO PASSO O projeto Primeiro Passo tem por objetivo apresentar trabalhos que demarcam inaugurações, sejam elas obras de novos criadores ou de criadores que iniciam outros percursos. Além de apresentar tais produções, o projeto os contextualiza em relação à tradição e às linhas de pesquisa em que se inserem. Primeiro Passo conta com uma assessoria, que, após as apresentações, com mais um pesquisador convidado, conversará com o público sobre as propostas apresentadas. Assessoria e mediação: Helena Katz. Teatro. Grátis.

Desevolução (SP) e Pública (PR)?Desevolução? de Elen Minhoto, Lígia Ungaretti e Thaís Di Marco e ?Pública? de Luciana Navarro. Teatro. Grátis. Grátis Dia(s) 27/10 Terça, às 21h. SESC Pompeia

GRAVURAS

CORPO PÚBLICA

O CORPO PÚBLICA É AGORA UM CORPO GRÁVIDO

Pública e PIP cia de Dança

Estou trabalhando como intérprete/performer um novo trabalho (novo para mim ) com a PIP cia de Dança que é dirigida por Carmem Jorge em Curitiba. O trabalho chama-se 3mg Gingaestética e será apresentado dia 22 e 23 de outubro no FID em BH.
Estar em um trabalho, sempre me traz muitas questões... penso na minha trajetória como artista..... busco as coisas que fazem sentido pra mim ......emergem tantas dificuldades, entre tantas coisas percebo que meu trabalho está sempre muito ao redor da própria condição de ser intérprete e estar em cena. As exigências sobre esse corpo, esse corpo que é olhado, que é exposto, que media idéias de arte e experiências de vida. Ser intérpreteatrizbailarinaperformer já gera muita dança, colocar o corpo nessa condição pública já é uma questão para a cena.
Estar em um trabalho sempre me gera um outro trabalho.

Pública na Mostra de Dança daFAP - setembro de 2008

Pública foi dançado pela última vez em setembro, na mostra de dança da FAP, e essa dança, quando acabou, ficou ecoando e moveu muitas coisas...
de novo a questão: algumas coisas se tornaram velhas no trabalho - qual o sentido de dançar esse trabalho - o que é permanente em uma trabalho de dança? - esse trabalho já se esgotou? a partir daí, surge outra obra ou esta (Pública) se reconfigura?

Em Da Sedução , Jean Baudrillard fala do feminino, não como sexo ou como referência para pensar relações de poder, mas como ironia, incerteza e estratégia de sedução.

" Ironia das práticas artificiais - poder próprio 'a mulher maquiada ou prostituída de exacerbar o traço para dele fazer mais que um signo, e por esse uso, não do falso oposto ao verdadeiro mas do mais falso que o falso, de encarnar o apogeu da sexualidade e simultaneamente absorver-se na simulação."

vamos pensando...

sobre o processo colaborativo de pública

Pública é feito de maçãs, de Picasso, de confetes, de desmoronamento e dúvidas. De Ângela Ro Ro, de mulheres, de ironia, de digestão e vômito. È um holofote na cara, é um pink que adormece, é uma música muito ao fundo, cheio de memórias e formas.
È por um fio que às vezes arrebenta, um salto alto ausente, um corpo em transito de formas e humores.
Acompanhar esse processo de criação fez-me pensar sobre modos de organização e colaboração que podem existir dentro de um trabalho artístico e também observar a maneira como Luciana digeriu todas suas referências. Pública tem um tom ANTROPOFÀGICO. Pública deglute Cindy Shermann, Beecroft. Picasso, Paula Rego, entre outras referências. Publica deglute e as vomita num bolero espanhol.
De uma forma generosa, Luciana compartilha suas questões e angústias, seus desejos e suas ironias. È um prazer ver pela passagem do tempo como uma maçã e um corpo construiram diversas metáforas e sensações em quem assiste e em quem dança. Aliás, é lhe vendo se mover que me movo também.
Pública teve início em 2005, com o nome Por onde pisam os olhos. Nome poético, porém que não revela a acidez gástrica de um corpo precário, de um corpo sem glamour, de uma esofagite número 2. Pública amadureceu em suas escolhas, em seu designer, em sua dilatação do tempo. Ainda percebo que essa investigação de mudanças de estados continuará crescendo, estando cada vez mais dilatada. È preciso tempo e suor.
O engajamento no próprio trabalho existe, porém é ainda na insistência e na disponibilidade física-mental que esses momentos irão cada vez mais se aprofundarem.
A estrutura é e precisa continuar sendo MOVEL, relembrando o primeiro nome dado a pesquisa : Corpo Móvel.
As escolhas estão cada vez mais maduras, porém é nessa mobilidade na maneira de se relacionar com suas escolhas que o trabalho permanecerá com um frescor de atualização

RONIE RODRIGUES

mostra pública do programa de pesquisa em dança da casa hoffmann

casa hoffmann - curitiba

foto: rosemeri rocha

GRÁTIS

Um corpo feminino exposto e antropofágico denuncia imagens e move olhares em uma cena precária e transitória.

Este trabalho partiu da necessidade de investigar o meu pensamento como atriz. Antes, durante e após a organização de um espetáculo. Cena, corpo, história pessoal e as condições cotidianas e políticas foram se conectando e gerando configurações transitórias. A obra “Pública” é toda a sua trajetória, todas as configurações que já foram geradas, seu inacabamento e continuidade, que agora acontece nestas 13 apresentações públicas. A relação com o público e o exercício de dançar 13 vezes em um mesmo local, cidade e mês, vai ser as condições para esse corpo e essa cena.
Pública reflete a minha necessidade de entender e questionar qual o sentido de ser artista hoje e de recontextualizar sempre o que pode ser o trabalho de uma atriz. Atualizar o olhar para o corpo feminino e inventar modos de resistência.
A arte é nossa estratégia para sobreviver, gerar conhecimento, rever padrões de controle da subjetividade e manter viva a nossa natureza relacional.

Ficha Técnica

concepção e performance: luciana navarro
colaboração artística: ronie rodrigues
orientação de pesquisa: rosemeri rocha
pesquisa musical: fernando de proença
iluminação: lucas amado
fotografias: luana navarro
registros em vídeo: marlon de toledo
design gráfico: adriana alegria
produção: luciana navarro,lucas amado e juliana lorenzi

mais calor e mais delicadeza

segunda feira consegui alterar a organização dos acessórios usados no trabalho, deixando com isso e com muitas outras coisas, de tentar comprovar o aprofundamento e o aproveitamento deste solo neste edital
as coisas se aprofundam e se estrururam pq é assim que as coisas são
é preciso se desprender e desaprender

este é um trabalho SOBRE COMO NÃO SE TORNAR UMA ESTRELA
é necessário alterar alguns desejos sobre beleza, sucesso e utilidade

meu ensaios tem sido doídos ...
dói meu corpo, meus sentimentos
quero dançar sem me violentar
este solo não é sobre violência
ou...
o que há de violência nesse trabalho?
esta semana quero lembrar do humor e do ridículo que tudo isso contém
porque estou desmoronando uma coreografia?
o que é construir, estruturar?
este não é um novo trabalho
o desconhecido pode ter trajetória, história, percurso
me assusto com as novas sensasões
este não é um trabalho sobre destruição
desconstrução na arte contemporânea não é destruir
desmonta-se para recontextualizar

PERGUNTAS

QUEM É PÚBLICA E O QUE É?
A OBRA DE ARTE(PUBLICA) ESTÁ ALÉM DO QUE SEU CORPO EXPRESSA HJ?
O QUE É ATUALIZAR UMA OBRA?
COMO É DAR CONTINUIDADE NUMA OBRA?
(Rosemeri Rocha - depois do ensaio do dia 14 de maio)

os materiais do processo de criação deste trabalhos estão colocados nos tapumes brancos na entrada da casa hoffman

estou trabalhando sobre o material gráfico (com adriana alegria) e sobre o mapa de luz (com lucas amado)

percurso.trajetória.acesso.até onde vai o movimento?corpo-objetos-materiais.

EDITAL FCC 004

O projeto "Pública" foi aprovado no Edital 004 FCC - Pesquisa em dança contemporânea - Estruturação Coreográfica - e será desenvolvido em 2008 na Casa Hoffmann - Ctba.

PÚBLICA e GRUPO DE DANÇA DA FAP

Neste mês de março estive trabalhando no Grupo de Dança da FAP. Foram 4 encontros propondo procedimentos relacionados a pesquisa " Pùblica ". Esta foi a primeira experiência que tive nesta configuração: propondo, oferecendo materiais e percebendo relações sendo construídas nos corpos, em tempo real. Agradeço a todos que participaram, pela disponibilidade e confiança, afinal estavam na mão de uma aventureira de primeira viagem. Obrigada a Rosemeri Rocha (diretora do Grupo) pelo convite.
Em abril iniciam 3 núcleos de criação no Grupo (além núcleo permanente, dirigido pela Rose) que terão três proponentes: eu, Juliana Alves e Mariana Batista.
Bom trabalho pra todos!

andy warhol

um release

Por meio de interferências de obras de arte, de publicidade, do cotidiano,do público, dos colaboradores, das experiências como intérprete constroem-se formulações transitórias sobre o corpo feminino. Por fim, pública torna-se autorepresentação. Uma tentativa de comunicar minha forma corporal e memórias, desejos, imagens, sensações ... Um corpo exposto em uma cena pública.

(performance ou instalação?) VANESSA BEECROFT

(fotografia) CINDY SHERMAN

(pintura) PAULA REGO

(pintura) PICASSO

PÚBLICA É UM TRABALHO SOBRE AUTO-REPRESENTAÇÃO???